terça-feira, 29 de janeiro de 2013

UMA NOVA VISÃO DAS FUNÇÕES DO “CONTROLLER”

    Poucos são os autores que tratam as funções do “controller” com mais amplitude e dinamismo, como uma peça muito importante no sucesso da empresa. Já ficou caracterizado a figura do “controller” ligado à contabilidade, ao controle dos números já realizados e o gerenciamento das atividades. Esta é uma visão obtusa, pois não existe na nomenclatura de cargos no Brasil, algo mais abrangente que defina exatamente esta função. A estruturas das empresas de uma maneira geral também não estão acostumadas com esta função; mesmo as empresas multinacionais americanas aqui no Brasil, têm o “controller”como aquele que vai fazer a conversão do balanço em moeda estrangeira (FASB/8/52; USGAAP/etc.), ou como aquele que vai fazer o comparativo do orçamento anual (Budget) do previsto com o realizado, com alguns comentários. Esse trabalho os assistentes de controladoria fazem muito bem. O perfil real do “controller” nunca mudou, as empresas é que não deixam que eles atuem como gostariam e como estão preparados para tal; além do conhecimento contábil, eles têm a visão econômica, financeira e estratégica da empresa; são eles que deveriam junto com os estrategistas da empresa planejar e coordenar as estratégias a serem traçadas, pois eles sabem através dos resultados realizados qual será a tendência dos resultados futuros. Eles têm também a lucratividade de cada produto e a margem de contribuição dos mesmos, conhecem quais são as despesas fixas o que lhes permite calcular o ponto de equilíbrio da empresa (Break-Even-Point), sabendo quanto ela precisa faturar para pagar os seus gastos fixos. O “controller” conhece melhor a empresa do que qualquer gerente ou diretor, podendo ajudar muito a alcançar o sucesso. Na área de compras ele tem o controle e a visão dos estoques e o que poderá ocorrer se continuar a comprar abaixo ou acima do limite. Na área produtiva e conhece a capacidade de produção e a ociosidade, podendo sugerir mudanças para não se desperdiçar dinheiro e tempo. Na área comercial ele sabe quais os produtos que estão sendo vendidos com preço abaixo ou acima do mínimo desejável, como também quais as quantidades necessárias para atingir os objetivos da empresa. Na área de recursos humanos ele sabe se os salários e os benéficos estão adequados com os objetivos traçados. Na área tributária direta ele está atualizado com o regime de apuração e calculo do imposto de renda, da contribuição sócia sobre o lucro, como também do pis e cofins sobre o faturamento. Na área tributária indireta ele conhece todos os impostos incidentes, tais como o ICMS, IPI, ISS e outros. Na área de planejamento estratégico com todos esses números e dados da empresa ele os transforma em informações para tomada de decisões e sugere alternativas para alavancar, ou até mesmo para diversificar seus produtos ou negócios. Desta maneira não podemos mais enxergar a função do “controller”simplesmente como o gerente da controladoria, mas sim como o profissional mais completo em termos de gestão empresarial, um estrategista. Por isso empresários, presidentes e diretores, avaliem melhor e revejam seus conceitos, essa função é mais importante do que vocês imaginam.
 
Autor: Cláudio Raza; Administrador de Empresas, Economista, Contador, Pós-Graduado em Gestão de Pessoas para Negócio, Professor Universitário, mais de 35 anos assessorando empresas.E-mail: c.raza@terra.com.br
 

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